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Podcast #108 – VII Congresso brasileiro de ciência do desporto UNICAMP

Olá pessoas! Hoje vou apresentar aqui para vocês um podcast um pouco diferente dos nossos padrões. Nesse episódio vamos levar vocês em uma viagem lá para o VII Congresso de Ciência do Desporto que aconteceu na UNICAMP. Na verdade, essa foi uma realização de um sonho, pois sempre tivemos vontade de trazer no podcast conteúdos de eventos científicos com áudios captados diretamente dos participantes do evento.

Para que isso fosse possível gostaria de agradecer em especial a comissão organizadora do evento composta pelos professores Karine Jacon Sarro, João Paulo Borin, Paula Teixeira Fernandes e o presidente Prof. Dr. Renato Barroso por permitir que esse programa fosse viabilizado. Agradecer também a diretoria da FEF, a reitoria da UNICAMP, á FAPESP, a CAPES e a FAEPEX (Fundo de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão da UNICAMP) que também foram fundamentais para que esse congresso acontecesse.

Esse episódio será dividido em três partes como o tradicional onde vou comentar um pouco sobre o evento, depois vou falar como foi a minha experiência vou tentar trazer um pouquinho do que aconteceu e a terceira parte que é a mais legal você vai ouvir direto do evento a participação os pesquisadores, alunos de graduação, mestrando, doutorandos falando sobre suas pesquisas. Nessa terceira parte o áudio tem bastante ruído de fundo pois foi captado no ginásio, eu fiz um tratamento para deixar o ruído menor, mas mesmo assim dá para ouvir perfeitamente. E é bom que se você estiver com fones de ouvido vai se sentir dentro do evento!

Quero fazer um agradecimento em especial ao professor Renato Barroso, Sarah Gomes, André Vieira (que gravou 2x pq eu não tinha ligado o microfone), Danilo dos Santos, Gabriel Oliveira, Raul Canestri, Raul Prado, Paulo Eduardo, Isabela Sestari e Rômulo Dantas Alves por se disponibilizarem a fazer as gravações.

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Podcast #79 – Ultimate Bullshit Championship – UBC 2017

Olá pessoas! E para o último podcast do ano vamos trazer um conteúdo sujo! Um conteúdo tenso! Um conteúdo de baixo calão! Nesse podcast você vai ouvir a primeira edição do ULTIMATE BULLSHIT CHAMPIONSHIP, a competição que  vai eleger a maior besteira proferida na Educação Física em 2017. Além de você ficar conhecendo a maior besteira desse ano, você vai nos ajudar a policiar essa internet de Zeus para que nunca mais essa besteira volte a ser falada novamente. Ficou curioso para saber qual é? Dê um play e se divirta!

Ahhh e não se esqueça de nos marcar quando ouvir alguma besteira em 2018 para escalarmos o próximo time para podcast do UBC 2018!

Nesse programa contamos com a presença do nosso time quase completo, faltando apenas no Jandoza. Como é um podcast de encerramento de temporada gostaríamos de agradecer muito a todos nossos ouvintes e todas as amizades que fizemos através do #quatrode15. Sem vocês não teria nada disso…

Muito obrigado, um bom ano para todos e nunca mais voltemos a falar que … (censurado).

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Podcast #54 – Suplementação de cafeína em atividades aeróbias (discussão de artigo)

Olá pessoas!

Nesse podcast os professores Yuri Motoyama, Gilmar Esteves e Paulo Eduardo irão “audio-ler” um artigo publicado pelo próprio grupo GEPEFEX sobre o efeito ergogênico da suplementação de cafeína em uma atividade aeróbia. Uma das ideias que temos aqui com o podcast é estimular o público a leitura de artigos científicos. Por isso vamos dedicar alguns episódios fazendo um resumo de alguns artigos interessantes que temos na área de treinamento.

Como vamos dar nossos pitacos e sugestões e também sugerimos que vocês leiam o artigo e deixem seu comentário na postagem assim, engradecendo o tema a partir de  diferentes pontos de vista.

E se você tem algum artigo que acha muito interessante para a área e acha que ele poderia ser discutido em algum podcast nos envie sua sugestão! Quem sabe não te convidamos para gravar e “cornetar” o artigo conosco…

Links citados no podcast

Site da promoção melhores do ano EKOS – USP;

Link para a palestra do professor Paulo Eduardo no Evidência em Saúde;

Referência

PEREIRA, Paulo E. et al. Caffeine supplementation delays the fatigue through central nervous system modulation. Sport Sciences for Health, p. 1-7, 2016.

 

HIIT: Existe uma fórmula ideal?

Por Paulo Eduardo

Não existem dúvidas de que o treinamento intervalado de alta intensidade (Hiit) promove melhora do desempenho e das variáveis fisiológicas associadas. Entretanto, não existe um consenso sobre a magnitude dos benefícios do Hiit composto por diferentes tipos de estímulos, ou seja, intensidade dos estímulos e das recuperações, número de repetições, duração de cada estimulo e de cada recuperação, relação de esforço e pausa.

A partir disso, em 2007, Esfarjani e Laursen publicaram um estudo que teve como objetivo comparar a influência de um protocolo de Hiit composto por estímulos em intensidade supramáxima (acima da vVO2max) e um protocolo de Hiit composto por estímulos na intensidade da vVO2max e com de duração de 60% do Tmax. As características principais desse estudo fora:

  • Participaram do estudo 17 corredores (VO2max: 51.6 ± 2.7ml.kg−1.min−1);
  • O treinamento teve a duração de 10 semanas;
  • Protocolos de Hiit: Grupo 1: 8 × 60% of Tmax na vVO2max, 1:1, recuperação ativa (52% da vVO2max). Grupo 2: 12 × 30s a 130% vVO2max, 4,5 minutos de recuperação passiva. Grupo controle: 60 minutos a 75% vVO2max, 4 x semana.

Obs: o treinamento foi periodizado, assim a quantidade de estímulos de alta intensidade foi aumentando gradativamente com o decorrer das semanas.

Se você tem interesse pelo tema clique aqui e leia outra matéria sobre HIIT.

Nesse estudo foram observadas as seguintes variáveis: VO2max, vVO2max, Tmax (tempo que a vVO2max pode ser sustentada), Limiar de lactato (LT), vLT, desempenho em 3000m.

Conforme mostrado na figura ambos os protocolos de Hiit promoveram melhora significativa no desempenho na corrida de 3000m.

hiit

Em termos absolutos o Grupo 1 (60%Tmax) teve uma melhora maior das variáveis fisiológicas, contudo, não foram verificadas diferenças significativas pós treinamento, nas variáveis analisadas, entre os dois protocolos de Hiit.


Referencia

ESFARJANI, Fahimeh; LAURSEN, Paul B. Manipulating high-intensity interval training: Effects on, the lactate threshold and 3000m running performance in moderately trained males. Journal of Science and Medicine in Sport, v. 10, n. 1, p. 27-35, 2007.

Economia de corrida e Treinamento de Força

Por Paulo Eduardo (Dudu)

A economia de corrida (EC) é definida como estado estável do VO2 requerido para uma dada velocidade submáxima ou distância percorrida. Quanto mais econômico é o indivíduo maior é a sua capacidade de sustentar intensidades submáximas mais elevadas durante o exercício contínuo.

O treinamento de força melhora a EC, contudo, até o ano de 2015 não havia uma sumarização dos resultados encontrados por diferentes estudos. Para isso, cientistas espanhóis realizaram uma revisão sistemática com metanálise para determinar o efeito de programas de treinamento de força sobre a EC de atletas de meio-fundo e fundo.

A estratégia de busca incluiu as seguintes bases de dados: Pubmed, SPORTDiscus, MEDLINE e CINAHL. Inicialmente foram encontrados 699 estudos, entretanto devido os critérios de inclusão e exclusão restaram 5 estudos. Os critérios de inclusão e exclusão foram: 1) a amostra ser composta por corredores de alto rendimento de média e/ou longa distância; 2) os participantes deveriam ter um VO2max > 60 mL/kg/min; 3) os estudos deveriam ser controlados e randomizados e publicados em revistas e jornais; 4) o programa de treinamento deveria ter mais de 4 semanas; 5) EC ser mensurada antes a após o programa de treinamento de força. Quatro dos cinco estudos inclusos usaram intensidades de treinamento entre 40 e 70% de 1RM; todos os cinco estudos utilizaram de 2 a 4 exercícios para membros inferiores, 200 saltos e 5-10 sprints; 2-3 vezes por semana; 8-12 semanas.

Sabe a diferença entre correr pisando com a ponta do pé ou com o calcanhar? Clique aqui e ouça esse podcast de 10 minutinhos!

Em suma, foi concluído que:

– O treinamento de força tem um grande efeito benéfico na EC de corredores de média e longa distância.
– O programa de treinamento de força que consiste em 2-4 exercícios, 40-70% de 1-RM, sem chegar a falha, além de exercícios pliométricos realizados 2-3 vezes por semana durante 8-12 semanas é uma estratégia segura para melhorar EC.

Clique aqui e acompanhe a fanpage do professor Paulo Eduardo – Treinamento Aeróbio


Referência

BALSALOBRE-FERNÁNDEZ, C.; SANTOS-CONCEJERO, J.; GRIVAS, G. V. THE EFFECTS OF STRENGTH TRAINING ON RUNNING ECONOMY IN HIGHLY TRAINED RUNNERS: A SYSTEMATIC REVIEW WITH META-ANALYSIS OF CONTROLLED TRIALS. Journal of strength and conditioning research/National Strength & Conditioning Association,  2015.